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Economia

Momento é desfavorável para empréstimos e financiamentos nos negócios?

No ‘FecomercioSP Orienta’ de julho, economista André Sacconato analisa as conjunturas econômica e de juros, bem como os riscos de buscar o crédito bancário sem um planejamento adequado

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Momento é desfavorável para empréstimos e financiamentos nos negócios?

Os empresários que costumam acompanhar a dinâmica econômica já notam sinais de alerta ao considerar a tomada de crédito. Em um contexto de juros elevados, custos pressionados e perspectivas de desaquecimento no crescimento, o momento exige cautela, planejamento rigoroso e muita atenção às condições disponíveis antes de contratar financiamentos.

Segundo o economista André Sacconato, assessor da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), “o cenário pede cautela, principalmente no segundo semestre. O ideal para o empresário é tomar o mínimo de crédito possível e só buscar financiamento caso surja uma oportunidade realmente segura de retorno”. 

Sacconato reforça ainda que, no Brasil, crédito mal planejado pode comprometer não só os lucros como também a sobrevivência da empresa. "Hoje, não vale a pena tomar crédito com risco. É melhor manter o porte da sua empresa — tudo funcionando direitinho com o lucro e as estruturas normais — do que apostar em expandir o negócio agora, a menos que se tenha uma estratégia que saiba que vai dar muito retorno”, complementa o economista, durante o episódio de julho do mesacast FecomercioSP Orienta.

A preocupação se justifica diante da alta inadimplência observada no País. Dados levantados pela FecomercioSP revelam que, atualmente, mais de 7 milhões de empresas não conseguem cumprir os compromissos financeiros, o que representa quase 32% dos negócios ativos no País. Esse quadro reforça o risco de apostar em dívidas desnecessárias, especialmente quando os custos de empréstimo estão elevados, as exigências bancárias são mais rigorosas e o acesso a novas linhas de crédito fica mais restrito.

Dado esse contexto, torna-se estratégico explorar opções alternativas ao crédito bancário tradicional — como fintechs, cooperativas e linhas específicas para pequenos negócios — e investir na construção de um bom histórico de crédito. “As novas modalidades nessas instituições financeiras diminuem demais o custo desses recursos, às vezes, pela metade. O processo burocrático também costuma ser mais tranquilo. Quanto mais o empresário tiver essa consciência, maior será a pressão sobre os bancos para reduzir as taxas, em função da concorrência”, conclui.


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