Os paulistanos iniciaram o ano com menor ânimo para comprar produtos e contratar serviços, resultando na baixa anual de 8,7% no Índice de Consumo das Famílias (ICF) e recuo mensal de 0,4%, registrando 124,8 pontos, de acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP). O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 é denotado como satisfatório.

A maior pressão veio da queda anual de 32% e baixa mensal de 15,2% no item Momento para Duráveis, revelando cautela das famílias paulistanas. De acordo com a FecomercioSP, o resultado foi provocado pelo movimento inflacionário, encarecimento do crédito e aumento das taxas do IPI para determinados produtos, além da desvalorização do real frente ao dólar.

O cenário desfavorável impactou, também, o Acesso ao Crédito, que caiu 15,7% em relação a janeiro de 2013, apesar da elevação mensal de 3,3%. No mesmo movimento oposto nos comparativos mensal e anual estão a Perspectiva Profissional, que melhorou 1,9% ante dezembro, mas caiu 7% ante o mesmo período do ano passado. Renda atual elevou 3,1% em relação a dezembro, mas recuou 3,4% no comparativo anual. Além disso, o Nível de Consumo Atual subiu 2,7% ante dezembro e baixou 5,1% ante janeiro de 2013.

Por outro lado, o item Emprego Atual registrou baixa no comparativo mensal e anual, de 2,6% e 2,3%, respectivamente. Já o item Perspectiva de Consumo subiu 2,1% ante dezembro e 8,4% em relação a janeiro do ano passado, indicando a retomada do consumo por parte dos paulistanos nos próximos meses.

Na análise por renda, as famílias paulistanas que ganham a partir de dez salários mínimos se mostraram mais insatisfeitas do que as que ganham menos que esse valor, com 119,2 pontos ante 126,7 pontos.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) é apurada mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo.