Economia
20/10/2015Pela primeira vez em oito meses, comércio varejista paulista registra saldo positivo na geração de empregos
Segundo a FecomercioSP, o crescimento de 0,2% da ocupação formal visto em agosto foi gerado por efeito sazonal

Após oito meses com redução do estoque de trabalhadores formais, agosto registrou saldo positivo na geração de empregos no comércio varejista do Estado de São Paulo. Foram criadas 4.355 vagas, resultado de 79.054 admissões contra 74.699 desligamentos. Com isso, a ocupação formal atingiu 2.137.590 empregados e registrou o crescimento de 0,2% na comparação com o mês anterior. Já no acumulado do ano foram suprimidas 52.880 vagas no varejo paulista, com 696.423 admissões contra 749.303 desligamentos.
Os dados são da pesquisa realizada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e o impacto do seu resultado no estoque estabelecido de trabalhadores no estado de São Paulo, calculado com base na RAIS (Relação Anual de Informações Sociais).
De acordo com a Federação, o saldo positivo registrado em agosto não significa uma recuperação do mercado de trabalho. O que ocorreu foi um efeito sazonal, já que os meses de agosto costumam responder pelo segundo maior saldo de empregados do ano - atrás apenas de novembro. Em relação ao mesmo período dos anos anteriores, o desempenho do mercado de trabalho em 2015 segue em ritmo de arrefecimento e as expectativas apontam retração na formação do emprego com carteira assinada no varejo paulista no segundo semestre deste ano, e com a possibilidade de estender até o início de 2016.
Em agosto, o recuo do estoque de emprego na comparação com o mesmo mês de 2014 foi de 1,3%, o pior desempenho já observado na série histórica iniciada em 2008.
Ainda no comparativo com agosto de 2014, entre as nove atividades avaliadas pela pesquisa, apenas os setores de Farmácias e Perfumarias e o de Supermercados apresentaram aumento no montante de empregados (3,1% e 1,4%, respectivamente).
Por outro lado, as retrações mais expressivas foram observadas nos setores de Concessionárias de veículos (-7%); Lojas de eletrodomésticos e eletrônicos e lojas de departamentos (-4%); e Lojas de vestuário, tecido e calçados (-3,8%), setores que estão sofrendo mais com a queda das vendas.
Na análise da Entidade, a geração de vagas temporárias para o fim do ano também possui a tendência negativa, mesmo sendo uma época sazonalmente mais forte para o varejo em suas receitas e contratações.
Varejo paulistano
Em agosto, foram criadas 1.118 vagas no varejo da cidade de São Paulo, resultado de 24.546 admissões contra 23.428 desligamentos. Com isso, a ocupação formal atingiu 667.192 empregados, acréscimo de 0,2% em relação ao mês anterior. No acumulado de 2015, o saldo negativo atingiu 13.076 vagas no comércio varejista da capital, o que resultou em uma queda do estoque de 1,9% em relação a dezembro. Na comparação com agosto de 2014, o recuo foi de 1,4%.
As maiores quedas da ocupação formal nos últimos 12 meses foram observadas nas atividades de Concessionárias de veículos (-7,3%) e Materiais de construção (-3,7%). Já os setores de Farmácias e perfumarias (3,4%) e Supermercados (1,6%) foram os únicos a registrar alta.
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