Os preços dos produtos e serviços na região metropolitana de São Paulo desaceleraram no início do ano ao subirem 0,52% em janeiro, abaixo dos 0,90% de dezembro e dos 0,96% de um ano antes, de acordo com a pesquisa do Custo de Vida por Classe Social (CVCS), divulgada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Em 12 meses, o indicador acelerou 5,38%.

A desaceleração do CVCS em janeiro foi impactada pela baixa de 0,23% nos preços de itens de vestuário, de 0,01% no segmento de transporte e na manutenção dos preços em comunicação, além da menor alta de 0,26% em educação, de 0,53% em habitação, de 0,54% em saúde e de 0,68% em artigos do lar. Por outro lado, a inflação paulistana foi pressionada pelo aumento de 0,85% em alimentação e bebidas e de 2,78% em despesas pessoais, que representaram 63% da elevação do índice. Ainda assim, a FecomercioSP estima um cenário um pouco mais favorável em termos de inflação neste início de ano.

A classe E foi a mais impactada pela alta de preços no período, chegando a 0,57%, com maior participação do segmento de despesas pessoais. Por outro lado, as classes C e D foram as menos prejudicadas em janeiro, com taxas de inflação de 0,50% e 0,51%, respectivamente.

IPV

O Índice de Preços do Varejo (IPV), que compõe o CVCS, também desacelerou em janeiro, elevando 0,87% no período, abaixo dos 0,90% de dezembro e dos 1,29% de um ano antes. No acumulado de 12 meses, o índice atingiu 5,71%. De acordo com a Federação, o aumento de 1,25% nos preços dos alimentos impactou no resultado do IPV, além da alta de 0,80% em transportes. Por outro lado, houve contenção do aumento diante da queda de 0,23% em vestuário, de 0,21% em saúde e cuidados pessoais e de 0,21% em habitação.

IPS

O Índice de Preços de Serviços (IPS) paulistano também subiu menos no início do ano, com alta de 0,15%, inferior ao avanço de 0,91% de dezembro e de 0,60% em janeiro de 2013. Em 12 meses, o IPS acelerou 6,19%. O indicador foi influenciado, principalmente, pela alta de 0,63% em habitação, de 0,98% em saúde e cuidados pessoais e de 1,07% em despesas pessoais, além de ser equilibrado pela baixa de 1,45% em transportes.